POR QUE DEVEMOS NOS UNIR, LUTAR E PARALISAR, A PARTIR DE 01 DE NOVEMBRO DE 2023?
Um breve histórico: em junho de 2023, após as IES do Paraná deflagrarem greve, o governador, Ratinho Junior, fez chantagem para que os professores voltassem ao trabalho, com a promessa de que se a greve fosse finalizada, as negociações sobre o Plano de Carreira Docente prosseguiriam. Naquele momento, a Apiesp participou intensamente, sendo a porta-voz da Casa Civil. No dia 01 de novembro fará cinco meses da referida promessa, a qual visa instituir um Plano de Carreira que minimizaria as perdas salariais decorrentes dos últimos sete anos. Contudo, o que sabemos até então é que a “negociação” anda a passos de tartaruga, o que demonstra que não há ,efetivamente, um projeto do governo para valorizar a classe dos docentes das IES paranaenses. No dia 23 de outubro, a Apiesp, Seti e o governador se reuniram no Palácio Iguaçu, data em que as seções sindicais de docentes aguardavam a apresentação da contraproposta do Plano de Carreira. No entanto, nesta reunião não foi apresentada nenhuma contraproposta. A luta pelo Plano de Carreira Docente não é isolada, ela se associa aos cortes orçamentários das universidades, como apresentado na Tabela 1.
Tabela 1: Crescimento da UEM em 20 anos (2002-2022)
Fonte: Ferraiol (2022) a partir do Censo IEES/Seti e da Base de Dados da UEM.
A tabela acima demonstra o crescimento da UEM e nos leva a refletir sobre os investimentos que (não) foram feitos, uma vez que as contratações de docentes efetivos diminuíram e o aumento de docentes temporários se elevou significativamente. Outros cortes também foram feitos, como a retirada de direitos, o rebaixamento dos salários, a extinção de cargos, a substituição por terceirizados ou temporários com contratos precários. Tais mecanismos seguem minando as possibilidades da universidade ser um espaço de resistência, de fazer enfrentamento a essa ordem social vigente, e até mesmo de ser um local de atividades básicas de ensino, pesquisa e extensão. Diante do exposto, não podemos esperar mais e nem aceitar migalhas! Por isso, paralisaremos nossas atividades a partir do dia 01 de novembro e, caso o governo não nos ouça, a greve será deflagrada, conforme já votada em assembleia, a partir do dia 06 de novembro. QUEREMOS A APROVAÇÃO DO NOSSO PLANO DE CARREIRA DOCENTE JÁ, SEM RETALIAÇÕES!