Por Marta Bellini

Nada mais atual do que a dissonância cognitiva . Pois esse vídeo atacado por velhos e jovens colegas mostra a cena que vi em todas as greves que fizemos.

O que ela diz: que vamos fazer como sempre fizemos, vamos fazer piquetes. E AQUI DIFERENTE DO QUE VI E LI NO POST DE UMA DOCENTE NÃO VEJO VIOLÊNCIA .

VIOLÊNCIA eu vejo nos comentários das mulheres (maioria mulheres) pedindo respeito à professora .

RESPEITO que estas pessoas não pedem ao governador (até porque ele ODEIA professores) e RESPEITO QUE ESTES COLEGAS NÃO DEMONSTRAM AOS COLEGAS NÃO CONCURSADOS que dão mais aulas, não recebem 13 salário , não têm direito ao TIDE, esses bagrinhos que sustentam o ensino da UEM ganhando menos que os colegas concursados.

Essas falas contra as alunas/os do piquete saem das mentes que pedem respeito quando se trata das pontas frágeis , os estudantes . Atacam os estudantes como também faz o governador.

O governador para essas pessoas é o senhor que elas obedecem e se ajoelham.

Interessante . Acham-se superiores aos alunos e se mostram inferiores a um rapazote que odeia livros, escolas, greve, professoras, estudantes.

Essas pessoas – docentes mais velhos e, pasmem, até os mais novinhos – não conhecem autonomia intelectual, ética e moral . Estes fecham os olhos à destruição das universidades a enxerga apenas a ponta de mudança nos estudantes.

Que triste tempos. Ver colegas tomando os costumes dos mandantes do Estado achando-se parte deles! Não há doutorado em sociologia que salve essa identidade com um governador chucro e cruel.

Eu, velha que estou, prefiro a juventude que derruba bois de botinhas, fazendeiros que tomam terras indígenas e vendem empresas de água a preço de banana.

As universidades , sucateadas que estão , irão à morte em pouco tempo. Não há outro caminho. Os docentes que hoje atacam a justa luta dos estudantes não serão bonificados pelo governador .

O bônus do poder é o fim das conquistas todas. Nem bancas de defesas de trabalhos de alunos/as serão imagens nas redes sociais, nem artigos (que já não lemos) serão contabilizados no rol das famas.

As universidades serão a gaza brasileira. E faltará respeito aos docentes iludidos.

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