Nesta quinta-feira, dia 16/11, fomos surpreendidos com a demolição dos monumentos na UEM em memória dos trabalhadores rurais sem terra que foram assassinados no massacre de Eldorado dos Carajá, em 16 de abril 1996. O dia ficou marcado como dia nacional de luta pela reforma agrária.

A obra intitulada “Flores para os Sem-Terra”, foi realizada pelo artista plástico maringaense Jorge Pedro em maio de 1996, logo após o massacre. Ela estava localizada na praça comunitária, no gramado entre os quiosques de centros acadêmicos e o RU. Em 2015 ela foi revitalizada durante um evento da Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária [1]. No entanto, a exemplo do que tem ocorrido com boa parte da infraestrutura da UEM, foi sendo sucateada, sem mais manutenção e cuidado.

As imagens sobre a demolição passaram a circular nas redes e causaram indignação de muitos professores e estudantes, que alegavam estar ocorrendo mais um apagamento da memória das lutas da classe trabalhadora.

Após isso, a Sesduem contactou a prefeitura do campus que informou estarem sendo retiradas para revitalização. A resposta gera dúvidas, pois uma administração que adora holofotes teria ao menos tirado umas fotos e postado nas redes.

Em todo caso, o compromisso está assumido, e a prefeitura do campus já se prontificou a realizar uma reunião com representantes do MST e de outros movimentos sociais para pensar a revitalização do monumento, bem como a construção de um espaço de convivência que possa congregar movimentos de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Ficaremos à disposição para apoiar e congregar todos os movimentos em prol desta memória e da construção dessas lutas!

[1] https://mst.org.br/2015/04/16/universidade-estadual-de-maringa-realiza-atividades-em-defesa-da-reforma-agraria/

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