A diretoria da Sesduem manifesta o apoio à revogação da reforma do Ensino Médio, instituído pela Medida Provisória nº 746 do ano de 2016 e consolidado na Lei 13.415/2016 durante o governo golpista de Michel Temer.

A instituição do “Novo” Ensino Médio (NEM) interrompe um processo de discussão democrática das diretrizes curriculares para o ensino médio, que vinha sendo formulada por professores e pesquisadores. Ao contrário do que anuncia, a reforma não traz nada de novo. É, na verdade, uma velharia, que aprofunda os aspectos tecnocráticos do ensino.

Para os estudantes, o NEM promete “garantir o direito de escolha do aluno” para “inovar” um Ensino Médio que até então era “pouco atrativo e fragmentado”. No entanto, ao instituir os itinerários formativos e retirar carga-horária de conteúdos historicamente construídos, a reforma promove uma segregação das escolas e um esvaziamento do caráter crítico e científico que deve ter.

Os problemas do ensino médio são estruturais, e decorrem da falta de condições de trabalho docente, falta de investimentos, e principalmente de uma política econômica nacional que se degrada, que retira direitos trabalhistas e institui um novo mercado de trabalho informal.

Desta forma, a diretoria da Sesduem se manifesta pela revogação do novo ensino médio, pela retomada das diretrizes curriculares nacionais de 2012, pelas discussões democráticas considerando principalmente os professores e pesquisadores da área, e pela ampliação dos concursos e dos investimentos nas escolas públicas.

Ato em Maringá

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