Por Profª. Fabiana Carvalho – Dep. Biologia

É muito simbólico a UEM não ter energia. A rede não comporta a estrutura física, a malha de computadores, o sistema de refrigeração e condicionamento de ar, o volume de pessoas usando aparelhos em todos os blocos… Mais um dia de aula foi suspenso devido à falta de energia generalizada no campus sede. O coração da universidade falha e não dá para dizer que ele se mantém por aparelhos, pois a “força”, combustível de uma Copel já privatizada, não o sustenta ou não lhe chega.

Estamos em modo blackout. Inanimados. Apáticos. Anestesiados. Pacificados, como gostam de dizer.
Holofotes? Sim. Apenas para os figurões iluminados pela ideação de forjar da universidade um trampolim político. “Fiat lux” em 2026!

Era obscurantista. Era negacionista. Era de cair a fase; afásica.

Para nós, das biológicas, a falta de energia resulta em perdas incalculáveis… Meio de cultura, deterioração de material biológico, supressão dos dados de pesquisa, ônus em atendimento laboratorial… Tudo se esvaindo, again and again, com o degelo dos freezers e a falta de sustentação de calor nas estufas. Ciência e trabalho desprezados.

Reator. Gerador. Reitor. Gestor. Corte de gastos. Precarização.

Tudo se interliga ao desmonte da UEM. E nem podemos dizer: “o último… apague a luz”. Apagaram.

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