Considerando o Seminário para Coordenadores de Cursos de Graduação convocado pela Seti para os dia 25 a 27 de setembro, a Sesduem convida coordenadores e demais interessados para uma reunião com o objetivo de avaliar a conjuntura e as intenções desse encontro.

🗓️ 23/09 (2ªf)
🕘 19h30
📍Bloco H12 Sala 15

Nós, da atual direção da Sesduem, vemos com grande preocupação a excessiva intervenção que o governo do Estado e a Seti vem realizando sobre a educação e as universidades.

No caso da educação básica, esta intervenção vem ocorrendo por meio das plataformas, do controle burocrático e autocrático das funções docentes, da redução do tempo de estudos e hora-atividade, do estabelecimento de metas, entre outros.

No caso das universidades, essa intervenção perpassa pela LGU (com parâmetros e determinações sobre a forma do trabalho docentes, especialmente para temporários), mas, segue avançando por meio de outras diversas concepções políticas e pedagógicas que estão sendo impostas por meio de editais e encomendas governamentais dirigidas aos cursos. Mais recentemente, vimos o governo chantageando as universidades, oferecendo recursos financeiros de “bolsa empreendedor” em troca da utilização da Prova Paraná como mecanismo de seleção dos estudantes das escolas públicas. Vimos também uma encomenda governamental para destinar recursos aos cursos de licenciatura “inovarem” suas práticas pedagógicas por meio de metodologias questionáveis, fomentadas por concepções mercadológicas, como realidade virtual, ensino híbrido, ensino invertido, aprendizagem baseada em competências, entre outros.

Ao fim e ao cabo, tais concepções consolidam uma visão mercadológica da universidade, determinando estruturas e formas pedagógicas, instituindo parâmetros de “eficiência” baseados na lógica de mercado. A eficiência é centralmente medida e avaliada por meio de metas que relacionam as despesas ao número de formados. As metodologias de ensino são enlatadas, recheadas das concepções neoliberais. As diversas especificidades e as condições impostas aos estudantes (falta de apoio à permanência, flexibilização de leis trabalhistas e precarização do trabalho, avanço da EaD, primarização da economia, entre outros), são retiradas do debate, encobertas por uma lógica neoliberal que pauta os problemas como responsabilidades individuais.

Nesse sentido, pretendemos promover uma discussão que avance no sentido de compreender as determinações econômicas e sociais que estão nas raízes desse processo de esvaziamento e de deterioração das condições de trabalho e estudo na universidade pública.

Contamos com a presença de todos os coordenadores e demais interessados!

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