Uma nova categoria de servidores públicos decidiu entrar em greve devido à falta de acordo com o governo Lula-Alckmin. Os servidores da base da Fenasps (Federação Nacional de Sindicato de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) iniciaram uma greve por tempo indeterminado no INSS a partir desta terça-feira (16) e planejam a paralisação dos servidores da Saúde nos dias 17 e 18 de julho.
A decisão foi tomada durante uma plenária nacional virtual no último sábado (13), após assembleias de base realizadas desde junho, devido a negociações sem sucesso com o governo.
Na última reunião da Mesa Setorial da Carreira do Seguro Social no Ministério de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, o governo apresentou uma proposta que, segundo os servidores, não atende às perdas salariais da categoria, que ultrapassam 53% no último período.
Conforme a Fenasps, a proposta do governo rebaixa o vencimento básico e aumenta de 17 para 20 anos o tempo para progressão funcional, sem corrigir o vencimento básico, que está abaixo do salário mínimo, e reduz os valores nos primeiros níveis. Em relação às outras pautas do acordo de greve de 2022, o governo rejeitou as demandas.
A categoria também enfatiza que, além das questões salariais e benefícios, as condições de trabalho e de atendimento à população são prioritárias, destacando problemas como o sucateamento do INSS, sistemas inoperantes, falta de equipamentos, entre outros, além da necessidade de reestruturação da carreira com proteção das atribuições específicas para preservar a previdência social pública frente à crescente terceirização de atividades.
A entidade alerta que, em 31 de julho, encerra-se o prazo para o INSS se adequar à IN 24, que transforma os atuais programas de Gestão em Programas de Gestão e Desempenho, o que pode aumentar a pressão para cumprimento de metas, permitir desconto de salário em caso de não cumprimento e abrir processos administrativos contra os servidores.
Com informações da Fenasps